Nanotubos de carbono: a tecnologia do futuro
As
nanotecnologias sem dúvidas vêm ganhando cada vez mais espaço no mundo
tecnológico. São tecnologias poderosas de escala molecular que
já trouxeram vários benefícios para as mais diversas áreas da ciência. Está
presente em diversos componentes eletrônicos: desde computadores até aparelhos
de medicina. Dentre as várias nanotecnologias,
talvez a mais promissora seja os nanotubos de carbono, que iremos abordar a seguir.
Manipulação de carbono para a formação de nanotubos (c).
Os
nanotubos de carbono (ou CNT, do inglês carbon
nanotube) são estruturas cilíndricas descobertas em 1991 compostas por
carbono puro. Para entender melhor sua estrutura, basta pegar uma folha e
enrolá-la, encostando uma das extremidades da folha na outra, sem sobrepor
material.
Esses nanocilindros
possuem inúmeras aplicações tecnológicas, devido às suas extraordinárias
propriedades mecânicas, elétricas e térmicas. O mundo nunca havia visto até
então um material tão rígido quanto este garante. Apesar de todas essas vantagens, os nanotubos de
carbono são difíceis de manipular: é difícil formá-los com mais que poucos milímetros
de comprimento.
De
todas as suas características, as mais cobiçadas são a sua condutividade e
resistência. Há quem diga que num futuro não tão distante os nanotubos de
carbono substituirão por completo o silício em uma nova geração de processadores
mais rápidos e com menor consumo de energia.
Para se ter uma ideia, desde sua descoberta, somente em 2012 a IBM (que desenvolve
pesquisas relacionadas aos nanocilindros desde 2000) surpreendeu com a notícia
do primeiro chip de computador com nanotubos de carbono. Um nanotubo condutor é
até 1000 vezes mais eficiente na transmissão de eletricidade do que fios de
cobre e o torna uma ferramenta de condutividade muito melhor que o silício.
Com os nanotubos de carbono, os transistores vão definitivamente para a escala atômica. Por eles, os elétrons correm muito mais velozmente do que pelo silício. [Imagem: IBM]
Devido à sua capacidade térmica, os nanotubos de carbono ainda são objetos de pesquisa de muitos cientistas, que já conseguiram utilizá-lo como fonte de transmissão de energia solar extremamente eficiente e até como baterias. Sua resistência, que é 200x superior que a do aço, o torna útil em construções civis e na construção de foguetes e automóveis. Estudos concluem que uma roupa tecida com esses nanocilindros seria uma armadura corporal bem mais eficiente que o ‘colete a prova de balas’
Com o avanço assustador da tecnologia nessa grande ‘era digital’, não é estranho prever que daqui a alguns anos os nanotubos de carbono estarão disponíveis ao público e serão produzidos em larga escala. Sem dúvidas nenhuma, os nanotubos de carbono já são as “estrelas” das novas tecnologias que estão por vir.
- Fontes:
2. IFSC
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